9.27.2006
9.22.2006
Rotinas quem as não tem
Acordar com a vontade necessária
para que o dia se torne agradavel,
abrir a janela, sentir o ar fresco da manhã
e pensar quantas horas teremos pela frente.
Os cereais que nos dão o primeiro prazer
o duche que nos acorda e liberta dos sonhos
a escolha que se mostra sempre como o atraso.
Passamos pelo perfume que nos estampa
o colar que insiste em nos acompanhar,
restando-nos o beijo da despedida.
Vem o percorrer das palavras amigas
ler os textos escritos em cantos guardados,
a vontade de manter-nos nos contos de fadas.
Os ditos por não ditos,
as suposições sobre o que imaginam e não sabem
Tantas rotinas tão simples,
que não se entendem mas que nos alimentam
no meio de tantas outras...
9.19.2006
Com mais coração
Damos por nós a olhar o passado
quando o hoje nos alerta para algo.
A incerteza do certo e do errado
se está bem ou poderia ter sido melhor,
deixa o sabor caro da desilusão.
A falta do alimento diário,
a saudade do que já foi e é passado,
insiste em mostrar caminho paralelos,
que nunca se irão encontrar.
Sabe-se que tudo mirra na falta de algo,
se não as alimentar-mos, as plantas morrem,
é certo que o hoje será o passado de amanha,
é "vero" que tudo tem que se cultivar,
mas a força para segurar essa agua
e leva-la ao seu lugar,
torna-se por vezes impossivel de aguentar.
9.11.2006
São folhas soltas
Entre folhas e rascunhos
encontro sentimentos antigos
perdidos no tempo e no espaço.
Perdidos sem saber bem porquê
aqueles que vinham na voz do vento
e que batiam ligeiramente na janela.
Eram folhas com rascunhos que vinham num olhar
repletas de melodias para quem as ouvisse,
são folhas de sonhos e ilusões,
dias, horas, meros acasos.
São folhas soltas que fazem uma história
são essas folhas que preenchem o livro de uma vida.
(dedico este texto a quem olha um blog com carinho)
9.07.2006
Sim eu já sabia
Eu sabia que a vida é como um rio
quando nasce, nasce em toda a sua plenitude
e durante todo o seu curso
ele beija paisagens, acaricia plantas.
Transforma-se por vezes em algo tão forte
com tanta potência e força
e noutras, o mais sereno possivel
transpirando calma e poesia.
Mas tambem tem as suas cachoeiras
as suas quedas livres para o nada
os seus embates violentos e frontais.
Até que termina numa imensidão azul
até q se esfuma com tantas outras vidas
até que desaparece...
9.01.2006
Teia dos Olhares
Naquele olhar transparente em que se vê
alguem dançando, em que se notam passos de sonhos
e se ouvem melodias de sinfonias já conhecidas,
esse olhar terno, recheado de brilho
com tanto para dar e oferecer.
Nessa teia de olhar eu vi o sentimento,
o sonho dançante, o movimento em falta,
nesse olhar eu vi a distancia de um dia após outro.